ORIXÁ DO TEMPO E D ESPAÇO

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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

OGUM


 Lenda

Ogum lutava sem cessar contra os reinos vizinhos. Ele trazia sempre um rico espólio em suas expedições, além de numerosos escravos. Todos estes bens conquistados, ele entregava a Odúduá, seu pai, rei de Ifé.

Ogum continuou suas guerras. Durante uma delas, ele tomou Irê. Antigamente, esta cidade era formada por sete aldeias. Por isto chamam-no, ainda hoje, Ogum mejejê lodê Irê - "Ogum das sete partes de Irê".

Ogum matou o rei, Onirê e o substituiu pelo próprio filho, conservando para si o título de Rei. Ele é saudado como Ogum Onirê! - "Ogum Rei de Irê!"

Entretanto, ele foi autorizado a usar apenas uma pequena coroa, "akorô". Daí ser chamado, também, de Ogum Alakorô - "Ogum dono da pequena coroa".

Após instalar seu filho no trono de Irê, Ogum voltou a guerrear por muitos anos. Quando voltou a Irê, após longa ausência, ele não reconheceu o lugar. Por infelicidade, no dia de sua chegada, celebrava-se uma cerimônia, na qual todo mundo devia guardar silêncio completo. Ogum tinha fome e sede.

Ele viu as jarras de vinho de palma, mas não sabia que elas estavam vazias. O silêncio geral pareceu-lhe sinal de desprezo. Ogum, cuja paciência é curta, encolerizou-se. Quebrou as jarras com golpes de espada e cortou a cabeça das pessoas. A cerimônia tendo acabado, apareceu, finalmente, o filho de Ogum e ofereceu-lhe seus pratos prediletos: caracóis e feijão, regados com dendê, tudo acompanhado de muito vinho de palma.

Ogum, arrependido e calmo, lamentou seus atos de violência, e disse que já vivera bastante, que viera agora o tempo de repousar. Ele baixou, então, sua espada e desapareceu sob a terra. Ogum tornara-se um Orixá


Em muitas lendas aparece como irmão de Oxósse e Exú. Um símbolo de Ogum sempre visível é o màrìwò (mariô) - folhas do dendezeiro (igi öpë) desfiadas, que são colocadas sobre as portas das casas de candomblé como símbolo de sua proteção.

Depois de Exú é o Ogum que está mais próximo dos homens. Seu símbolo principal é uma espada de ferro chamada idà, seu dia é a terça-feira.

Senhor da guerra, dono do trabalho porque possui todas as ferramentas como seus símbolos. Orixá do fogo e do ferro em que são forjados os instrumentos como espada, a faca, a enxada, a ferradura, a lança, o martelo, a bigorna, a pá, etc.

É o dono do Obé (faca) por isso vem logo após o Exú porque sem as facas que lhe pertencem não seriam possíveis os sacrifícios. Ogum é o dono das estradas de ferro e dos caminhos. Protege também as portas de entrada das casas e templos. Ogum é protetor dos militares, soldados, ferreiros, trabalhadores e agricultores.



Se meu pai é Ogum
Vencedor de demanda
Ele vem de Aruanda
Pra salvar filhos de umbanda
Ogum, Ogum, Ogum Iara
Ogum, Ogum, Ogum Iara
Salve os campos de batalha
Salve as sereias do mar
Ogum, Ogum Iara
Ogum, Ogum Iara

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OXALÁ

OXALÁ
ITÃ

OXALÁ CRIOU


Oxalá criou a terra
Oxalá criou o mar
Oxalá criou o mundo
Onde reina os Orixás (bis)
A pedra deu pra Xangô
Meu pai rei é justiceiro
As matas deu para Oxósse
Caçador grande guerreiro
O Mar com pescaria farta
Ele deu para Yemanjá
Os rios deu pra Oxum
Os ventos para Oyá
Grandes campos de batalha
Deu para Ogum guerreiro
Campinas, Pai Oxalá,
Deu para seu Boiadeiro
Jardins com lindos gramados
Deu pras crianças brincar
Oxalá criou o mundo
Onde reina os Orixás
Oxalá criou a terra
Oxalá criou o mar
Oxalá criou o mundo
Onde reina os Orixás (bis)
O poço deu pra Nanã
A mais velha Orixá
E o cruzeiro bendito
Deu pras Almas trabalhar
Finalmente deu as ruas
Com estrelas e luar
Para Exús e Pombo Giras
Nossos caminhos guardar