ORIXÁ DO TEMPO E D ESPAÇO

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domingo, 18 de setembro de 2011






No inicio dos tempos os pântanos cobriam quase toda a terra. Faziam parte do reino de Nanã Buruquê e ela tomava conta de tudo como boa soberana que era. Quando todos os reinos foram divididos por Olorun e entregues aos orixás uns passaram a adentrar nos domínios dos outros e muitas discórdias passaram a ocorrer. E foi dessa época que surgiu esta lenda. Ogum precisava chegar ao outro lado de um grande pântano, lá havia uma séria confusão ocorrendo e sua presença era solicitada com urgência. Resolveu então atravessar o lodaçal para não perder tempo. Ao começar a travessia que seria longa e penosa ouviu atrás de si uma voz autoritária: - Volte já para o seu caminho rapaz! - Era Nanã com sua majestosa figura matriarcal que não admitia contrariedades - Para passar por aqui tem que pedir licença! - Como pedir licença? Sou um guerreiro, preciso chegar ao outro lado urgente. Há um povo inteiro que precisa de mim. -Não me interessa o que você é e sua urgência não me diz respeito. Ou pede licença ou não passa. Aprenda a ter consciência do que é respeito ao alheio. Ogum riu com escárnio: - O que uma velha pode fazer contra alguém jovem e forte como eu? Irei passar e nada me impedirá! Nanã imediatamente deu ordem para que a lama tragasse Ogum para impedir seu avanço. O barro agitou-se e de repente começou a se transformar em grande redemoinho de água e lama. Ogum teve muita dificuldade para se livrar da força imensa que o sugava. Todos seus músculos retesavam-se com a violência do embate. Foram longos minutos de uma luta sufocante. Conseguiu sair, no entanto, não conseguiu avançar e sim voltar para a margem. De lá gritou: -Velha feiticeira, você é forte não nego, porém também tenho poderes. Encherei esse barro que chamas de reino com metais pontiagudos e nem você conseguirá atravessa-lo sem que suas carnes sejam totalmente dilaceradas. E assim fez. O enorme pântano transformou-se em uma floresta de facas e espadas que não permitiriam a passagem de mais ninguém. Desse dia em diante Nanã aboliu de suas terras o uso de metais de qualquer espécie. Ficou furiosa por perder parte de seu domínio, mas intimamente orgulhava-se de seu trunfo: - Ogum não passou!

Com seu Manto Roxo
E seu Iberê
As águas são doces
Nanã Buruquê

1 comentário:

OXALÁ

OXALÁ
ITÃ

OXALÁ CRIOU


Oxalá criou a terra
Oxalá criou o mar
Oxalá criou o mundo
Onde reina os Orixás (bis)
A pedra deu pra Xangô
Meu pai rei é justiceiro
As matas deu para Oxósse
Caçador grande guerreiro
O Mar com pescaria farta
Ele deu para Yemanjá
Os rios deu pra Oxum
Os ventos para Oyá
Grandes campos de batalha
Deu para Ogum guerreiro
Campinas, Pai Oxalá,
Deu para seu Boiadeiro
Jardins com lindos gramados
Deu pras crianças brincar
Oxalá criou o mundo
Onde reina os Orixás
Oxalá criou a terra
Oxalá criou o mar
Oxalá criou o mundo
Onde reina os Orixás (bis)
O poço deu pra Nanã
A mais velha Orixá
E o cruzeiro bendito
Deu pras Almas trabalhar
Finalmente deu as ruas
Com estrelas e luar
Para Exús e Pombo Giras
Nossos caminhos guardar